Música, uma amiga para sempre

“Sem a música, a vida seria um erro.”

Friedrich Nietzsche (1844-1900)

 

Não precisamos saber música para a ouvir. Basta que ela quebre o silêncio, para que possamos escutar a vida.

Em cada nota há o toque de um prazer que nos envolve em arrepios tão afinados que surgem parecendo como se não pertencessem ali. Nascem escondidos de umas pontas de dedos, suaves e invisíveis, a deslizarem pela nossa pele. Num toque que sentimos e que nos acaricia tão fundo, que chega a beijar-nos a alma. Isto sim, é música.

Há sempre uma música que diz tudo aquilo que não somos capazes de confessar ou que não sabemos como dizer, como se a própria música nos compreendesse, dizendo simplesmente tudo o que gostaríamos de gritar.

Acreditem que há sempre uma música a falar por nós e de nós.

Uma música que só toca, para nos tocar.

 

 

 

Estamos vivos!

Estamos vivos.

Bem ou mal, por aqui vamos andando. Mais ou menos felizes encontramo-nos com a vida, em cada segundo que passa e ao virar de qualquer esquina.

É aí, na liberdade de escolher o caminho que queremos seguir, que a vida acontece. Somando prazeres ou desgostos vamos crescendo, moldando o nosso carácter ao lutar com as emoções com que nos confrontamos no dia-a-dia.

Mas o mais importante é mesmo estarmos por cá, vivendo ao minuto, e um dia de cada vez, como se fôssemos todos doentes a aproveitar tudo o que a vida nos pode ainda dar.

E ela é feita de milhares de pequenas coisas. É como se fosse um puzzle e é ao longo dela que vamos reconhecendo as peças exactas e necessárias, que encaixam umas nas outras, para construirmos a nossa imagem para, só no fim, sabermos qual foi a que criámos, num simples olhar para trás.

Este blog é mais uma das peças da minha vida e, agora, todos vós ireis fazer parte dela, porque no vosso puzzle, de algum modo, alguma peça está a encaixar numa das minhas.

Por isso, reunidas todas elas, este blog irá ter vida.

Sejam bem-vindos a esta ligação feita de palavras, pensamentos e imagens, a este encontro de reflexões que não será só a preto e branco, já que entre estes extremos há uma enorme panóplia de cores.

Neste abraço que vos quero dar, as nossas peças poderão ganhar cor e dar mais alento ao nosso quotidiano.

Saboreando e celebrando as cores, podemos transformar o virar da esquina numa nova faceta da nossa vida, num arco-íris que embora curto e fugaz, sempre nos deixará um sorriso nos lábios e o ânimo totalmente preenchido pela sua beleza.

Vamos dar um pouco mais de brilho a nós próprios. Pois por muito pouco que seja, trará um pouco mais de conforto à nossa alma. Não vamos deixar que a vida passe por nós. Vamos também vivê-la! Juntos.

Escritora